Em acordo com Banif, clube vai pagar em 48 parcelas a carta de
crédito obtida para contratar o chileno. Valor total pode chegar a R$ 36
milhões
Fonte: globoesporte.com/Diego Ribeiro
Crédito da Imagem: Agência Estado
Mesmo jogando pouco e contestado por parte da torcida e diretoria,
Valdivia vai custar caro aos cofres do Palmeiras. Bem caro. O
investimento, que era de R$ 14 milhões, deve acabar na casa dos R$ 36
milhões, por conta de juros e correção - 157% a mais do que o valor
original.
Valdivia foi contratado em agosto de 2010 do Al-Ain, dos Emirados
Árabes. Como o Verdão não tinha recursos próprios, recorreu a uma carta
de crédito de € 6,2 milhões (R$ 14 milhões na época) do Banco Banif. Foi
a saída encontrada pela direção anterior, comandada por Luiz Gonzaga
Belluzzo, para bancar o retorno do então queridinho da torcida.
Belluzzo saiu, um novo grupo assumiu, e a dívida foi sendo postergada. O
novo presidente, Arnaldo Tirone, também não conseguiu juntar recursos
para pagar a dívida, que vencia em agosto.
O Banif concordou em
postergar a cobrança por mais alguns meses. Mas o prazo acabou. E um
novo acordo teve de ser costurado.
O clube parcelou a dívida que tem com o Banif em 48 pagamentos, de
valores não confirmados oficialmente, mas que chegam a aproximadamente
R$ 750 mil cada. No fim, o Palmeiras vai pagar mais do que o dobro do
valor inicial: cerca de R$ 36 milhões.
Com o parcelamento, a dívida só termina de ser paga entre o fim de 2015
e o início de 2016 – o vínculo do Mago com o Verdão vence antes, em
agosto de 2015. Ou seja: Valdivia terá 32 anos quando o Palmeiras
terminar de pagar a dívida pela sua contratação. No valor final estão
incluídos todos os encargos burocráticos da transação, que não tinham
relação com o Banif, mas foram atrelados ao mesmo pagamento depois de um
acordo.
Em agosto deste ano, o total da dívida chegava a R$ 20 milhões. Os
juros embutidos pelo banco farão o número aumentar muito. O
vice-presidente financeiro Walter Munhoz sabe disso, mas confessa que
não houve alternativa melhor para selar um acordo com o Banif.
- Demos uma parceladinha na dívida sim, só assim poderemos pagar tudo.
Não posso revelar valores porque há uma cláusula de confidencialidade.
Mas como há juros, é natural que esse número seja um pouco maior do que o
inicial - admitiu o dirigente.
Durante a temporada, o presidente Arnaldo Tirone cogitou negociar
Valdivia para honrar a dívida provocada pela chegada do mesmo jogador.
Recebeu apenas uma proposta do Al-Sadd, do Qatar, mas recusou. Agora, a
postura da diretoria é outra: dar todo o suporte ao Mago para que ele
volte a brilhar e consiga uma sequência de jogos. O Palmeiras entende
que ainda tem chances mínimas de recuperar o investimento.
O presidente Arnaldo Tirone foi procurado para falar sobre o assunto,
mas não respondeu às chamadas. O vice-presidente Roberto Frizzo admite
que o Palmeiras vai pagar mais pelo Mago, mas acredita que o jogador
pode responder com boas atuações.
- Ele é um jogador importante. O pagamento é assunto do departamento
financeiro, mas nós acreditamos que ele pode render muito mais. 2012
pode ser o ano dele, sem lesões, que é o mais importante - disse Frizzo.
Até agora, Valdivia não justificou o enorme esforço feito para a sua
chegada. Nesta temporada, o Mago disputou apenas 28 das 69 partidas do
Palmeiras (40,5% do total), e fez quatro gols.
Fonte: globoesporte.com/Diego Ribeiro
Crédito da Imagem: Agência Estado
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