sexta-feira, 9 de março de 2012

Vinda do ATP Finals para o Brasil e evolução do tênis em 10 anos viram metas de Guga

Guga espera usar sua influência para ajudar na evolução do tênis no Brasil

Diversos atletas arranjam maneiras de continuar nos esportes que praticavam mesmo depois de encerrarem a carreira. Não foi diferente com Gustavo Kuerten, que ainda vive de tênis. 

O ex-número um do mundo, porém, tem tornado o desenvolvimento do esporte no Brasil uma de suas principais bandeiras como um aposentado em ‘plena atividade’, como ele mesmo se define. Acompanhado de parceiros financeiros e tentando incentivar as entidades do esporte, Guga tem como sua principal meta agora fazer o tênis repetir o exemplo de outras modalidades e triunfar no Brasil. Para tanto, já pensa até em trazer para o país um dos principais torneios do circuito.

Embora Maria Esther Bueno e Thomaz Koch tenham sido os primeiros brasileiros de destaque do tênis mundial, foi com Gustavo Kuerten que o país entrou definitivamente no mapa do esporte. Hoje, ele tenta aproveitar seu carisma e a influência de ex-líder do ranking para empurrar de vez a modalidade.

“Alguns passos já estão sendo dados, como esse de cultuar os tenistas e o que o Brasil representa para o tênis. O que falta evoluir é o conhecimento sobre o tênis, entender mesmo, saber das técnicas, das metodologias atuais. É um processo lento, mas temos o exemplo do vôlei, que é bem sucedido”, ressalta o catarinense. “Todas as esferas têm que evoluir, porque tudo ainda é muito prematuro. É um desafio que mexe comigo, e espero ter resposta nos próximos 10 anos”.

Para Guga, o Brasil não pode mais depender de entidades esportivas e de exemplos individuais, como foram ele e outros nomes como Fernando Meligeni e até Thomaz Bellucci.

“A gente ainda é refém de pessoas. Poucas são as modalidades em que a estrutura é suficiente pra desenvolver o atleta naturalmente. O vôlei, o futebol, talvez o basquete. O tênis vem se aprimorando. O projeto, para concluir, é de 10, 15 anos, mas nunca foi começado algo com um planejamento, uma ideia mais objetiva para conseguir concretizar”, avalia ele. “Atualmente, o esporte é muito dependente das confederações. Mas a estrutura é o definitivo. Se ela for melhor, os atletas serão melhores”.

Para contribuir para a evolução do tênis, Guga apoia e organiza eventos esportivos, como a Semana Guga Kuerten, participa de jogos de exibição e colabora no desenvolvimento de atletas com a ajuda de seu ex-técnico, Larri Passos. Mas ele ainda quer fazer mais e agora irá tentar diretamente trazer para o Brasil o ATP Finals, antiga Masters Cup, torneio que reúne no fim do ano os atletas com os melhores resultados da temporada.

“Vou me reunir com as pessoas da ATP em Miami. Vou demonstrar iniciativa, porque dá pra perceber que nosso país tem várias frentes interessadas. Nesse processo de impulso da economia, facilita bastante”, revelou Guga em evento realizado na última quinta-feira. Embora o tenista ainda não tenha apoio da Confederação Brasileira de Tênis, ele garante contar com o interesse de parceiros e patrocinadores.

“Atualmente, é só algo pessoal. Existe o interesse do próprio Brasil, algumas cidades como São Paulo e Rio já se mobilizaram também. O momento é propício. Tudo leva a crer que existe uma boa chance de trazer para o Brasil. Vou lá saber os detalhes, as reais chances. Temos contatos com parceiros que querem trazer o evento. A gente já conversa há anos. Agora começa a chegar nos assuntos finais”.

A ideia de Guga é trazer o ATP Finals para o Brasil a partir de 2014. Em geral, cada cidade sedia este torneio por três temporadas consecutivas.



Fonte: Uol Esporte
Crédito da Imagem: Leandro Moraes/UOL

Sob vaias, Flamengo vence pela primeira vez e é lider do Grupo 2

Com a vitória, a equipe da Gávea chegou aos quatro pontos ganhos, enquanto o Emelec está em terceiro lugar na chave, com três pontos ganhos.

Vagner Love salvou o Flamengo e marcou um belo gol
O Flamengo assumiu a liderança do Grupo 2 da Taça Libertadores ao derrotar o Emelec, do Equador, por 1 a 0, em partida disputada na noite desta quinta-feira, no Engenhão. Com a vitória, a equipe da Gávea chegou aos quatro pontos ganhos, enquanto o Emelec está em terceiro lugar na chave, com três pontos ganhos.

O time dirigido por Joel Santana entrou em campo com uma camisa homenageando Renato Abreu, afastado por problemas de saúde e com uma formação formada por três defensores.

No entanto, o esquema de três zagueiros utilizado no primeiro tempo não funcionou e a equipe carioca deu muitos espaços ao adversário. A expulsão de Jesús, no final da etapa inicial, fez o Flamengo melhorar de produção e alcançar a importante vitória, embora sendo vaiado durante boa parte da fase final.

O principal alvo da torcida era Ronaldinho Gaúcho, que voltou a se comportar de forma apática. O Emelec mostrou uma equipe aplicada, mas com poucos destaques individuais. Ao ficar com um jogador a menos, não conseguiu oferecer resistência ao adversário.

Na próxima rodada, o Flamengo enfrentará o Olimpia, do Paraguai, no Engenhão, enquanto o Emelec receberá o Lanús. 

 O Jogo - Armado com três zagueiros e com o atacante Deivid no banco de reservas, o Flamengo começou no ataque, mas encontrando dificuldades para chegar à área do Emelec por causa dos erros de passes. Só que o primeiro lance de perigo aconteceu na área rubro-negra. Uma falha de cobertura dos zagueiros do time carioca permitiu que Figueroa entrasse livre na área e concluísse para uma grande defesa de Paulo Victor. No rebote, com o gol vazio, Jesús chutou para fora, desperdiçando uma grande oportunidade.

O lance motivou o time equatoriano que passou a pressionar a defesa da equipe brasileira. Aos cinco minutos, Figueroa tentou de bicicleta mas a bola saiu sem perigo.

Só aos 12 minutos é que o Flamengo conseguiu chegar com perigo. Léo Moura lançou Bottinelli na direita. O argentino cruzou e Vagner Love caiu ao tentar chegar na bola. A torcida pediu pênalti, mas o árbitro mandou o lance seguir. A resposta da equipe visitante quase resulta em gol. Quiñonez fez ótima jogada pela direita e cruzou para Giménezes, que chegou batendo por cima do gol com grande perigo.

O Flamengo não conseguia se encontrar em campo e aos 20 minutos, na tentativa de afastar o perigo, Welinton fez jogada bisonha e colocou a bola para escanteio. Na cobrança, o goleiro Paulo Victor rebate de soco e a bola cai na cabeça de Giménez que tenta encobrir o arqueiro e manda para fora.

A partir dos 25 minutos, a torcida começou a vaiar o zagueiro Welinton e o lateral esquerdo Júnior César sempre que eles erravam uma jogada. A partida ficou mais truncada com os dois times cometendo faltas furas, sem serem coibidos pela arbitragem. 

Aos 26 minutos, o volante Muralha se livrou do marcador e chutou forte, mas a bola saiu, assustando o goleiro equatoriano. Aos 28 minutos, Léo Moura, que voltava de contusão, tentou receber um lançamento de Ronaldinho e acabou sentindo dores na coxa. Foi substituído pelo atacante Negueba. Aos 32 minutos, Vagner Love arrancou para área e foi derrubado. A torcida se animou, mas Ronaldinho Gaúcho cobrou fraco, nas mãos do goleiro do Emelec.

A torcida rubro-negra não escondia sua impaciência e Negueba, que tinha errado todos os seus toques na bola, passou a ser a nova vítima dos torcedores, que o vaiavam constantemente. Aos 40 minutos, Vagner Love, que dava muito trabalho aos zagueiros equatorianos, foi novamente derrubado na entrada da área. A torcida pediu Bottinelli, mas Ronaldinho pegou a bola e chutou com perigo.

Ja nos acréscimos, Marlon Jesús acertou uma cotovelada em Welinton e foi expulso de campo, deixando o Emelec com apenas dez jogadores. Ao final do primeiro tempo, os jogadores rubro-negros deixaram o campo debaixo de muitas vaias.

O Flamengo voltou para o segundo tempo com o atacante Deivid, muito festejado pela torcida, no lugar do zagueiro Welinton, em mais uma tentativa do técnico Joel Santana dar mais agressividade ao time. E a mudança funcionou. Logo aos três minutos, Vagner Love tabelou com Ronaldinho Gaúcho, entrou na área e tocou na saída do goleiro Dreer, marcando o primeiro gol. Aos sete minutos, o time carioca poderia ter ampliado, mas Negueba atrapalhou Vagner Love no momento da conclusão.

O time rubro-negro dominava completamente e, aos 17 minutos, Muralha obrigou o goleiro Dreer a praticar outra grande defesa. Aos 20 minutos, Ronaldinho foi vaiado pela torcida ao tentar dominar uma bola lançada por Negueba com o ombro e errar de forma bisonha. Dois minutos depois, Ronaldinho voltou a errar e a torcida o vaiou demoradamente.

Aos 24 minutos, Deivid fez ótimo passe de calcanhar para Negueba, que penetrou livre e chutou cruzado para fora. O time brasileiro dominava e aos 25 minutos foi a vez de David Braz cabecear com muito perigo depois de receber cruzamento de Botinelli. Mesmo dominando a partida, o Flamengo ainda cometia muitos erros, irritando o técnico Joel Santana.

Aos 28 minutos, foi a vez de Negueba desperdiçar a oportunidade de marcar ao cabecear para fora um cruzamento preciso de Júnior César.

Ronaldinho continuava sendo muito perseguido pela torcida, que o vaiava a cada toque na bola. Alguns membros das torcidas organizadas tentaram modificar o quadro, gritando o nome do jogador, mas as vaias abafaram os gritos de incentivo. Aos 34 minutos foi a vez de Vagner Love desperdiçar a chance de ampliar o marcador ao escorar cruzamento de Deivid.

Na sua primeira grande jogada durante a partida, Ronaldinho arrancou em velocidade e lançou Deivid, que se chocou com o goleiro Dreer e ficou pedindo pênalti. O árbitro mandou o jogo seguir.

Aos 44 minutos, o Flamengo perdeu uma chance incrível. Bottinelli bateu de longa distância, o goleiro Dreer rebateu nos pés de Negueba. O atleta driblou o arqueiro, mas tocou fraco, permitindo que a zaga equatoriana salvasse em cima da linha.

No último lance do jogo, a torcida rubro-negra tomou um susto com um chute violento de Gaibor, que passou bem perto da trave de Paulo Victor. Em seguida, debaixo de uma sonora vaia, o árbitro apitou o final da partida e decretou a primeira vitória do Flamengo no torneio.



Fonte: gazetaesportiva.net
Crédito da Imagem: Alexandre Loureiro/Vipcomm

Ricardo Teixeira pede licença médica e se afasta da presidência da CBF

Segundo o estatuto da CBF, o prazo máximo para o afastamento do presidente é de 60 dias e ele pode tirar três licenças, totalizando seis meses longe do cargo.

Foram 23 anos e 2 meses. O mandato mais longo de um presidente na história da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. Uma era que pode ter chegado ao fim nesta quinta-feira, 8 de março de 2012. Ricardo Terra Teixeira pediu afastamento do cargo por licença médica.

A informação foi confirmada ao ESPN.com.br pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero. "A notícia da licença é natural. Já se tinha falado sobre isso muitas vezes. Não é nada de anormal. Não estipularam para mim o tempo de ausência", disse Del Nero.

Del Nero confirmou, também, que José Maria Marín - o vice-presidente mais velho da entidade - assumirá o cargo. E, nas palavras do mandatário da FPF, pouca coisa deve mudar no comando da entidade máxima do futebol brasileiro.

"Se ele é presidente, ele tem autonomia, de acordo com programação do presidente anterior. Ele vai seguir a mesma linha do presidente anterior, até por lealdade", disse Del Nero ao ESPN.com.br.

Ricardo Teixeira comandava a CBF desde 1989
Ricardo Teixeira comandava a CBF desde 1989
23 anos no poder - O presidente da mais importante organização esportiva do país trocará a sede da Barra da Tijuca pela nova residência da família em Miami, onde pretende dedicar mais tempo à esposa, Ana Carolina Wingand, à filha Antônia.

Os rumores sobre a saída de Ricardo Teixeira do cargo que ele exerceu com mão de ferro por mais de duas décadas começaram em fevereiro. À medida que novas informações surgiram, a saída parecia mais próxima. Até que, nesta quinta-feira, a notícia tornou-se oficial.

A gestão de Ricardo Teixeira foi marcada pela oposição entre conquistas dentro dos gramados e denúncias fora dele. Nos últimos 23 anos, a seleção brasileira conquistou duas Copas, o país ganhou o direito de sediar um Mundial, e a CBF tornou-se uma instituição rentabilíssima, de contratos multimilionários. E Teixeira viu seu nome envolvido em polêmicas e denúncias.

Depois de sobreviver ao chamado “voo da muamba”, após a Copa de 1994, e a duas CPIs, Teixeira conseguiu se reeleger em 2003 e 2007. A escolha do Brasil para sede do Mundial de 2014 ampliou o mandato do dirigente para até 2015.

A partir de 2010, entretanto, o nome do presidente da CBF voltou a estar ligado às páginas policiais. O jornalista escocês Andrew Jennings, da BBC, afirmou que dirigentes fecharam um acordo com a corte de Zug, na Suíça, para não terem seus nomes revelados no caso Fifa-ISL.

Segundo Jennings, o acerto foi feito por Ricardo Teixeira e João Havelange, que teriam recebido propina da ISL, antiga empresa de marketing esportivo parceira da Fifa. Ambos teriam devolvido parte do dinheiro recebido à Justiça, com a condição de não terem seus nomes revelados.

No dia 27 de dezembro de 2011, a Justiça ordenou que a Fifa abrisse em até 30 dias os documentos do caso ISL, o que ainda não aconteceu, mas deve ocorrer nas próximas semanas.

Pesa contra Teixeira, também, a descoberta das relações tortuosas com a empresa Ailanto, investigada por superfaturamento no amistoso entre a seleção brasileira e a de Portugal, em novembro de 2008. O caso foi revelado pela Revista ESPN de setembro de 2011 – na quarta-feira, a Folha de S.Paulo divulgou documentos que comprovam a ligação do dirigente com a empresa.

Teixeira foi acuado por renúncias nos últimos anos
Teixeira foi acuado por renúncias nos últimos anos

Mudança de planos – A saída de Ricardo Teixeira no início de 2012, a dois anos da Copa do Mundo no Brasil, representa uma mudança de planos com relação ao discurso do dirigente. Em entrevista à revista piaui, de julho de 2011, o presidente havia deixado bem claras suas intenções.

“Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou”, disse Teixeira à repórter Daniela Pinheiro.

No fim daquele mesmo mês de julho, o Rio de Janeiro recebeu o sorteio dos grupos das Eliminatórias da Copa do Mundo. Antes e durante a cerimônia, a presidenta da república, Dilma Rousseff, evitou o mandatário da CBF – ela preferiu associar sua imagem à de Pelé, uma das principais atrações da festa.

Desde então, as tentativas de reaproximação entre Ricardo Teixeira e Dilma Rousseff foram frustradas

Em dezembro de 2011, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou que Ricardo Teixeira havia pedido desligamento da entidade máxima do futebol e também do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014. A movimentação do brasileiro foi interpretada como a desistência definitiva de qualquer pretensão de se candidatar à presidência da Fifa – Michael Platini, atual mandatário da Uefa, é o favorito nas próximas eleições.

Em seus 23 anos de CBF, Teixeira não criou um discípulo que pudesse ser apontado como seu substituto natural. De acordo com o estatuto da entidade, assumirá o cargo o vice-presidente mais velho – José Maria Marin. Dirigente da velha guarda e ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Marin voltou ao noticiário recentemente por colocar no bolso uma das medalhas destinadas aos jogadores do Corinthians na premiação da Copa São Paulo.




Fonte: espn
Imagem: Crédito da imagem: Agência Estado/Crédito da imagem: Reuters