Meia, que causou rebuliço no Japão ao chiar da diretoria, agora
confirma o que o clube vinha dizendo: negociação com DIS não está
sacramentada
Na chegada a Santos, após a longa viagem de 26 horas desde o Japão, com
escala na Alemanha, o meia Paulo Henrique Ganso surpreendeu os
jornalistas que aguardavam a delegação no CT Rei Pelé ao desmentir a si
próprio.
Dez dias depois de dizer que havia vendido os 10% de seus direitos
econômicos ao Grupo DIS, o meia afirmou nesta terça-feira que “nada foi
concretizado” e que isso “ainda depende do Santos”. Vale lembrar que a
diretoria vinha contestado as acusações de Ganso, afirmando que em
nenhum momento havia sido notificada da negociação entre ele e DIS.
– Ainda não foi concretizada a venda. É uma coisa que ainda precisa acertar com o Santos – disse Ganso.
No último dia 10, às vésperas da estreia do Peixe no Mundial de Clubes
contra o Kashiwa Reysol, Ganso causou um rebuliço ao reclamar da
diretoria por, segundo ele, não ter demonstrado interesse na compra de
seus direitos.
Na tal negociação, o DIS, que detinha 45% de seus
direitos, passaria a ter 55%, deixando o Santos com os outros 45%. Por
contrato, porém, a prioridade era do Peixe, e a diretoria do clube alega
que em nenhum momento foi notificada da negociação entre Ganso e DIS,
cogitando até a possibilidade de ir à Justiça para desfazer o acordo.
Agora, o próprio jogador diz que não há nada acertado.
– Não foi bem uma venda, foi um pré-acerto. Mas agora precisa sentar com o Santos para definirmos tudo – disse Ganso.
O DIS pagaria R$ 5 milhões pelos 10%. A multa do jogador está
estipulada em € 50 milhões (R$ 120 milhões). Em solo japonês, Ganso
afirmou textualmente que vendeu porque achou a proposta irrecusável.
– Foi algo muito bom para mim – disse ele, no dia 10.
Ganso tem contrato até 2015, mas quer aumento salarial. Logo depois da
derrota para o Barcelona no domingo, ainda na zona mista de entrevistas,
o meia disse que espera uma reunião para “definir a situação”. Ao mesmo
tempo, repete que deseja defender o Santos em 2012, ano de seu
centenário.
– Agora é pensar em descansar um pouco, relaxar e voltar em 2012
renovado – disse o meia, um dos poucos que desceu a Serra no ônibus da
delegação rumo ao CT Rei Pelé. Além dele, só Bruno Rodrigo, Wladimir,
Felipe Anderson e Anderson Carvalho viajaram no ônibus que teve escolta
de cinco viaturas e oito motos. Os demais jogadores saíram do Aeroporto
de Cumbica, em Guarulhos, em carros particulares.
Fonte: globoesporte.com/Renato Cury
Crédito da Imagem: Hélvio Romero / Agência Estado
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