Mustafá é considerado um dos homens mais influentes nos bastidores do Palestra Itália
Mustafá Contursi não ocupa mais nenhum cargo diretivo no Palmeiras e
sua prioridade agora é cuidar de sua saúde, mas continua ativo no
cenário político do clube. O ex-presidente disse que a atual gestão é
uma 'porcaria' e negou uma aproximação com Arnaldo Tirone.
Mustafá é considerado um dos homens mais influentes nos bastidores do
Palestra Itália, apesar de ter deixado a presidência há sete anos. Ele é
acusado de fazer pressão política e ser um dos principais responsáveis
pelas demissões recentes, o que comprovaria uma relação mais próxima com
o atual mandatário.
Mesmo com a saúde debilitada e a voz frágil, ele mantém o jeito
autêntico e não poupa críticas ao trabalho atual. Descarta ainda ter
qualquer interferência na saída do gerente administrativo Sérgio do
Prado e de parte da assessoria de imprensa.
Não estou me aproximando nem me afastando. Ele não está sendo bom
presidente, com uma meta a ser atingida. Minha visão é que ele está
muito preocupado com ele mesmo, preocupado em provar que manda, que tem
autoridade e acaba se perdendo”, disse, ao UOL Esporte.
O ex-dirigente vê muitas semelhanças entre a gestão atual e a de Luiz
Gonzaga Belluzzo. Até as tentativas de cortar despesas após uma política
de 'gastança desenfreada' promovida pelo economista foi contestada. O
conselheiro afirma que os balancetes recentes apontam números parecidos.
Ele está muito mal. Em todos todos os sentidos. Não há austeridade ou
uma política definida de administração. Em todo momento os caminhos se
alteram, não há nenhum sinal de política que possa levar o clube a uma
recuperação econômica e financeira. As últimas gestões são umas
porcarias”, afirmou.
Um dos últimos projetos de Mustafá é a criação de um comitê gestor
formado por conselheiros para administrar o futebol do clube. Segundo
ele, a ideia é fiscalizar o departamento para que não fique nas mãos de
pessoas sem conhecimento técnico, que ocupam a função apenas por
questões políticas.
Mas vem encontrando muita resistência. Os opositores, entre associados,
torcedores e conselheiros, consideram que a medida serve apenas para
dar mais poder ao ex-presidente que ainda tem grande influência no
Conselho. Os protestos vêm sendo recorrentes, sendo o último no sábado
passado.
Mustafá se defende e ainda ironiza as críticas. “Se quisesse mais
poder, eu me candidataria. Teria mais chance que qualquer outro de
ganhar a eleição. Se pensasse assim, já seria candidato, mas não tenho
interesse em voltar. Eu apenas amo meu clube e luto para que volte aos
bons momentos”, completou.
Fonte: Uol Esporte/ Luiza Oliveira
Foto: Tom Dib/Futura Press
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