"Faltou sorte. Não tem muito o que falar, faltou sorte. Afirmou da seleção brasileira, técnico Morten Soubak
Inconsoláveis. Assim estavam as jogadoras da seleção brasileira de
handebol após a derrota por 27 a 26 para a Espanha, nesta quarta-feira,
nas quartas de final do Mundial. Depois da partida, decidida nos
segundos finais, poucas pararam para falar.
Chorando e cabisbaixas,
passaram rapidamente pela zona mista, em direção ao vestiário. Coube ao
técnico dinamarquês Morten Soubak, que comanda o time, tentar explicar.
Para ele, foi simples.
"Faltou sorte. Não tem muito o que falar, faltou sorte. A sorte que
tivemos na partida contra a França (vitória por 27 a 23), por exemplo,
não esteve com a gente hoje. É muito difícil você ganhar uma partida que
será decidida no último lance quando você tem uma jogadora a menos em
quadra", afirmou Soubak
A jogadora a que o técnico se refere é Fernanda, que a 1m26 do fim tomou
uma suspensão de dois minutos e deixou a quadra, quando o placar estava
26 a 26. O Brasil teve a 30s do fim a chance de desempatar o placar e
vencer. No entanto, desperdiçou a posse de bola e no contra-ataque as
rivais superaram a goleira Chana para passar à frente. A chance de
empatar ainda existiu, mas as brasileiras esbarraram na ótima goleira
espanhola, Sílvia. " Nos últimos três minutos de jogo, eu acredito em
detalhe. E, quem erra, vai tomar. E foi assim que aconteceu. Nós
erramos, elas aproveitaram", completou Morten Soubak.
Alexandra, grande artilheira do Brasil até o momento na competição,
anotou sete gols e voltou a se destacar. Na entrevista coletiva
protocolar após a partida, a ponta direita também falou em falta de
sorte. No entanto, lembrou que em um jogo decisivo como era contra a
Espanha, nas quartas de final de um Mundial, não se pode contar somente
com este detalhe.
"Cometemos alguns erros nos momentos decisivos, e isso não é permitido
em um jogo como esse. Contar só com a sorte em uma decisão não é
suficiente, a gente precisava de algo a mais", lamentou Alexandra, que
também agradeceu o carinho dos cerca de 5 mil torcedores que
incentivaram o time no Ibirapuera.
"Estamos muito felizes por ter visto o ginásio mais cheio a cada dia. Só temos a agradecer. Hoje foi maravilhoso, impressionante. Tive a sensação de que os torcedores estavam dentro da quadra e isso conforta", completou.
"Estamos muito felizes por ter visto o ginásio mais cheio a cada dia. Só temos a agradecer. Hoje foi maravilhoso, impressionante. Tive a sensação de que os torcedores estavam dentro da quadra e isso conforta", completou.
O Brasil volta à quadra na sexta-feira, às 14h30 (de Brasília), contra a
Croácia. Se vencer, o time disputará contra o vencedor de Rússia e
Angola a 5ª ou 6ª posição. Em caso de derrota para as croatas, terá de
brigar pelo 7º e 8º. Até hoje, um sétimo lugar é o melhor desempenho do
Brasil em Mundiais (em 2005).
Fonte: Uol Esporte/Luiz Paulo Montes
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

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