sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Em rival, ex-assistente da seleção sonha em bater Brasil na estreia do vôlei

Primeira posição no ranking mundial, um ouro olímpico, dois vices mundiais... São muitos os fatores que fazem do Brasil favorito ao ouro no vôlei feminino dos Jogos Pan-Americanos. Porém, quis o destino que, logo na estreia, a seleção tivesse pela frente o adversário que melhor a conhece: a República Dominicana. 

Há quase quatro anos, o time da América Central é comandado por Marcos Kwiek, assistente do técnico José Roberto Guimarães na equipe verde-amarela entre 2003 e 2006. Como se isso não bastasse, o agora treinador dominicano trabalhou com algumas das principais atletas do Brasil, como Paula Pequeno e Mari, desde as categorias de base.

Sob o comando de Marquinhos, a seleção dominicana iniciou um processo de renovação que já vem rendendo frutos e faz o técnico até mesmo sonhar em bater sua própria pátria na partida que será realizada neste sábado (15), às 22h.

- A gente sempre sonha, né? O objetivo de todo mundo é jogar contra os melhores times do mundo e ganhar. Já vencemos o Brasil e fizemos jogos muito bons contra eles no Grand Prix. Para a gente também é importante, pois quanto mais jogarmos contra equipes deste nível, melhor.

Para Kwiek, o segredo para triunfar contra as brasileiras passa pelo saque.

- Temos que jogar 120% o tempo inteiro e torcer para que o Brasil esteja em um mau dia. Uma virtude nossa é o saque: se o Brasil jogar com o passe na mão vai ser complicado, pois elas têm uma velocidade de jogo difícil de encontrar no vôlei feminino. Se a gente conseguir tirar essa velocidade, vamos equilibrar o jogo.

E todo esse conhecimento sobre o Brasil é fundamental? Nem tanto, acredita Marcos, que jogou com o irmão de Zé Roberto e foi professor em um centro de treinamento que o técnico da seleção mantém na Grande São Paulo.

- Não adianta eu saber: as jogadoras é que precisam colocar isso na quadra. Eu sei que a brasileira vai atacar tal bola, mas se minha central não consegue parar, é complicado (risos)...

Mesmo com uma possível derrota na estreia, ele acredita que enfrentar o Brasil de cara é positivo:

- Será interessante começar contra um time forte porque você precisa estar muito concentrado, não dá tempo de pensar em que amanhã pode ser melhor. Tem que entrar 100% e isso é bom, porque o Pan é uma competição curta, não tem respiro.

Meta: bater Cuba

Ciente da importância que uma medalha em Guadalajara teria em um país pobre como o que defende agora, Kwiek tenta se livrar de uma armadilha logo na primeira fase: como Brasil, República Dominicana e Cuba estão no mesmo grupo, um deles será eliminado na primeira fase no México. Para evitar isso, avalia o técnico, basta repetir o que já está sendo feito.

- Nos últimos três anos, nós já estamos à frente de Cuba, pois começamos a renovação na frente deles. Nossos jogos são sempre muito difíceis, mas este pouquinho não nos garante tranquilidade. É um “pouquinho muito pouquinho”.

De acordo com ele, mesmo em pior fase, as cubanas têm ao lado um fator que pode ser decisivo: a tradição.

- As cubanas são respeitadíssimas no mundo e essa camisa tem um peso muito grande até para o adversário. Independente de o time de lá ser renovado ou não, eles têm uma camisa e isso a gente não tem ainda. Então, mesmo que a gente esteja em um momento melhor, jogar contra elas sempre vai ser muito difícil. 

Fonte: R7/Carolina Canossa
Crédito Foto:  R7/Carolina Canossa


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