terça-feira, 18 de outubro de 2011

Após polêmica da touca, Thiago Pereira detona organização do Pan

Thiago Pereira: "Os caras do Pan nem sabem o que fazem.


Pouco depois da confirmação do ouro para Leonardo de Deus nos 200m borboleta, foi a vez de Thiago Pereira cair na piscina para garantir a vitória nos 100m costas e sua nona medalha de ouro na história do Pan. E depois da vitória, a terceira em três provas disputadas em Guadalajara, o brasileiro aproveitou para atacar a organização dos Jogos.

Perguntado sobre o momento de indefinição do caso - Leonardo deixou a piscina como vencedor, acabou desclassificado por usar uma touca com patrocínio irregular, e após a revolta da delegação brasileira acabou retomando o ouro -, Pereira disse que preferiu se concentrar na própria prova e ficar fora da discussão. Na sequência, porém, não mediu as palavras para detonar o episódio.

"Os caras do Pan nem sabem o que fazem. Eles [fiscais da sala de controle] olharam minha touca, perguntaram se ia poder nadar, e eu disse 'já nadei quatro vezes com essa touca'. É erro da organização", disparou o nadador que ainda tem mais cinco provas no Pan.
Leonaro de Deus (à esq.) e o técnico Albertinho
Crédito: ESPN.com.br
Já Leonardo, que voltou ao complexo aquático para ouvir o hino nacional no lugar mais alto do pódio, virou o grande personagem da noite, rodeado de microfones depois de receber a medalha. "Tentaram tirar a medalha de mim, mas quem bateu na frente fui eu. Dificuldades acontecem, mas é obrigação da organização verificar a touca, o traje, fazer a checagem".

O campeão dos 200m borboleta, com tempo de 1min57s92, chegou a chorar com o impasse, e revelou ainda que os poucos minutos em que perdeu a medalha o fizeram pensar em todas as horas que abdicou para se dedicar à natação. Por fim, a organização confirmou o ouro pra o brasileiro, a prata para o norte-americano Daniel Lawrence Madwed e o bronze para o também brasileiro Kaio Márcio.

Maiô quase tirou medalha em Sydney-2000

O Brasil conquistou, dentro da piscina, a medalha de bronze no revezamento 4 x 100m livre na Olimpíada de Sidney, em 2000. Fora da água, no entanto, a equipe correu o risco de perder a posição em razão de um maiô irregular utilizado por Edvaldo Valério, que estampava um patrocinador no traje, contrariando o regulamento dos Jogos Olímpicos.

Na época, o Comitê Olímpico Internacional acabou absolvendo o atleta, aceitando as explicações do Comitê Olímpico Brasileiro e exigindo que o episódio não voltasse a acontecer.






Fonte: ESPN
Crédito Foto: Divulgação/Agif

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