quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Leão lembra time 'cascudo' de 2005, diz que futebol não é só técnica e cobra raça de jovens

Leão descartou que os jovens jogadores da equipe possam estar sentindo a responsabilidade em um momento de crise do clube

O técnico Emerson Leão fez nesta quarta-feira sua reestreia no comando do São Paulo e saiu de campo com muita dor de cabeça. A equipe paulista foi derrotada por 2 a 0 pelo Libertad, do Paraguai, foi eliminada logo nas oitavas de final da Copa Sul-Americana e mergulhou de vez em uma crise que o clube não enfrentava há alguns anos. 

Nos vestiários, o novo treinador tricolor cobrou raça de seus jogadores e lembrou da expressão “time cascudo” que cunhou em 2005, quando passou pelo Morumbi pela primeira vez.

“Quando não está dando de um jeito, tenta-se do outro. Está na hora da força interna aparecer. Gosto de treinar times que, na hora que precisa ser simples, se torna simples. Da última vez que estive aqui usei a palavra cascudo. Acho que nós temos que elevar a estatura do time, o moral do time e dizer a eles que o futebol não é só técnica. É antes de mais nada uma raça coletiva muito grande”, filosofou Leão.

“É reagir em um curto espaço. Todo mundo quer ver o jogo de domingo (contra o Vasco) e vai ser um teste importantíssimo. Vai ser uma equipe completamente diferente. Serão mais garotos ainda, todos com capacidade. Nós temos que saber que tem hora que tem de mudar o ritmo. Tem que deixar de ser jovem. Ser jovem com a capacidade que eles têm é excelente”, continuou o técnico do São Paulo.

Leão descartou que os jovens jogadores da equipe possam estar sentindo a responsabilidade em um momento de crise do clube. “Se os garotos sentiram? Acho que eles já jogaram muitas partidas importantes para se assustar com um adversário desta categoria, com todo o respeito... Não foi legal. Não posso classificar como sentiram a responsabilidade. Para jogar no São Paulo, se isso for responsabilidade, eu quero ela sempre para mim.”

O treinador do São Paulo reconheceu o mau momento da equipe e a fase complicada, apesar de ter alfinetado o árbitro colombiano Wilmar Roldán, que expulsou Juan no fim do jogo e não marcou impedimento de Nuñez no segundo gol do Libertad.

“Para completar a sessão de erros, tivemos o auxílio do árbitro para errar também. Parece que ele xingou o Juan de uma maneira agressiva. E o rapaz estava impedido na hora do segundo gol. Que vamos fazer?”, questionou. “Não tem muito o que esconder. Essa é uma relidade hoje do São Paulo. A qualidade dos jovens é muito boa, mas não é toda hora que ela aparece. Ela tem aparecido em lances isolados.”

“Infelizmente, foi altamente desagradável o resultado. Perdemos também o Fabiano para o jogo de domingo, com certeza. Não temos o Dagboerto, com o terceiro cartão amarelo. Dificilmente teremos o Rogério. Quando a notícia ruim chega, ela não chega devagar. Chega em quantidade e com repetições”, disse o treinador. 









Fonte: ESPN
Crédito Foto: Divuçgação

Nenhum comentário:

Postar um comentário